A Integração Regional do Sindicalismo: Uma Visão Comparativa Brasil-Portugal
Considerando-se que um cenário de “globalização do sindicalismo” constitui um projeto ainda utópico, a integração regional das representações sindicais surge como um desafio de grandes proporções, mas que representa uma cooperação transnacional em que importa apostar em primeira mão. Partindo dessa convicção, o artigo discute a integração regional do sindicalismo português na União Européia e do sindicalismo brasileiro no Mercosul, explorando ainda outros pontos de comparação entre as realidades sindicais em Portugal e no Brasil.
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A Integração Regional do Sindicalismo: Uma Visão Comparativa Brasil-Portugal
A Integração Regional do Sindicalismo: Uma Visão Comparativa Brasil-Portugal
Este artigo discute a concepção do “desenvolvimento como liberdade” em Amartya Sen, examinando sua abordagem dos temas da liberdade, igualdade, capacidade e funcionamento. Argumenta-se em contraponto a tal concepção que, para manter em vigor as promessas da modernidade, devem ser retomadas uma perspectiva mais incisiva acerca da igualdade e uma definição mais precisa de liberdade, que apontem para a questão da dominação e para as coletividades. Desse modo, o problema do desenvolvimento retoma programaticamente seu principal sentido de algumas décadas atrás, para além do mero avanço individual.
Da Diplomacia do Equilíbrio de Poderes à Política da Globalização
O 11 de Setembro marcou o fim da Diplomacia do Equilíbrio de Poderes, na qual os Estados-nação se definiam como inimigos e resolviam contendas mediante a guerra ou ameaça de guerra, e aos poucos surge a Política da Globalização, em meio à qual se estabelece um Estado de direito internacional. Sendo a globalização inerentemente injusta para os países pobres, estes, sem possibilidade de inserção num mundo de competição, ou estão simplesmente fora do sistema ou, frustrados, recorrem ao terrorismo. Mas os interesses não apontam apenas para o aumento das desigualdades: por meio da política será possível riar um sistema jurídico internacional menos injusto e até mesmo um governo internacional.
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Da Diplomacia do Equilíbrio de Poderes à Política da Globalização
Da Diplomacia do Equilíbrio de Poderes à Política da Globalização
Direito Subjetivo e Sociabilidade Natural: Uma Revisão do Legado
A fim de reconsiderar o impacto do “legado ibérico” na conformação do imaginário político brasileiro, o artigo aborda a concepção de justiça no pensamento da Segunda Escolástica, examinando como o direito subjetivo aí se articula com o conceito de bem comum. Essa leitura da tradição permite questionar a presunção de que a formação de nosso modo de pensar a política dificulta o pleno desenvolvimento de uma “cultura de direitos”. A maneira como a liberdade individual se ajusta ali a uma representação do sujeito de direito, concebido como naturalmente sociável, pode ser tomada, alternativamente, como um importante referencial para as reflexões contemporâneas acerca da democracia.
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Direito Subjetivo e Sociabilidade Natural: Uma Revisão do Legado
Direito Subjetivo e Sociabilidade Natural: Uma Revisão do Legado
Entre Algemas e Vacinas: Medicina, Polícia e Resistência Popular em São Paulo (1890-1920)
O artigo aborda a relação entre as autoridades médico-sanitárias e as forças policiais na São Paulo dos primeiros anos da República, em meio aos projetos de modernização urbana da elite paulistana. Os registros oficiais e os jornais da época mostram que médicos e policiais proviam o Estado de ferramentas legítimas para controlar doenças, epidemias e comportamentos “desordeiros”, assegurando as condições para a manutenção da ordem pública. Enfoca-se ainda a questão da resistência popular urbana em relação às medidas sanitaristas que tiveram lugar na Primeira República.
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Entre Algemas e Vacinas: Medicina, Polícia e Resistência Popular em São Paulo (1890-1920)
Entre Algemas e Vacinas: Medicina, Polícia e Resistência Popular em São Paulo (1890-1920)
Invenção da Literatura Brasileira - Cláudio Manuel da Costa e o Cânone Literário Nacional
Na constituição retroativa de uma literatura brasileira anterior ao Romantismo, Cláudio Manuel da Costa (1729-89) é o primeiro poeta a integrar um cânone literário brasileiro. Tributária de programas políticos historicamente comprometidos, sua recepção crítica nos séculos XIX e XX delineia a gênese dos critérios valorativos e dos pressupostos ideológicos que forjariam uma unidade para a literatura brasileira, perspectivada em função do presente ou de sucessivos presentes.
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Invenção da Literatura Brasileira - Cláudio Manuel da Costa e o Cânone Literário Nacional
Invenção da Literatura Brasileira - Cláudio Manuel da Costa e o Cânone Literário Nacional
Max Weber e os dilemas da secularização: o lugar da religião no mundo contemporâneo
A contínua e “impertinente” expansão das religiões nos domínios da política, do lazer e da economia alimenta o debate contemporâneo sobre a integridade da vida democrática e do processo de modernização. No entanto, em vez de tratar essas derivações da religião na esfera pública como simples perversões em formas de “primitivismo”, é preciso estudá-las sistematicamente em sua lógica própria, estrutura e dimensões. Propomos neste trabalho fazer avançar o entendimento dessas relações entre religiões e outros âmbitos da vida social mediante uma reflexão sobre o tema weberiano da secularização, que se constituiu numa das idéias centrais do paradigma interpretativo da modernização.
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Max Weber e os dilemas da secularização: o lugar da religião no mundo contemporâneo
Max Weber e os dilemas da secularização: o lugar da religião no mundo contemporâneo
O Indianismo Romântico, a Questão Indígena e a Escravidão Negra
O movimento indianista brasileiro do século XIX manteve uma preocupação que, embora pouco comentada, o percorreu por inteiro: as correspondências políticas e éticas entre as condições do escravo negro e do indígena. Partindo do pressuposto de que o indianismo é um fenômeno não apenas de invenção literária, mas também de reflexão política, este artigo busca traçar a evolução da correspondência temática “índio/negro” nos escritos de José Bonifácio, João Francisco Lisboa, Gonçalves Dias e Joaquim Manuel de Macedo, culminando na análise em conjunto dos dramas “abolicionistas” e dos romances indianistas de José de Alencar.
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O Indianismo Romântico, a Questão Indígena e a Escravidão Negra
O Indianismo Romântico, a Questão Indígena e a Escravidão Negra
O lugar do Brasil na Política Externa da Argentina
Este artigo discute o lugar ocupado pelo Brasil na inserção internacional da Argentina no século XX. Os autores exploram quatro hipóteses: a visão argentina sobre o Brasil não teria elementos típicos de uma “cultura de inimizade”; essa visão se pautaria, até princípios da década de 1980, por uma “cultura de rivalidade”; a partir de então se observariam elementos característicos de uma “cultura de amizade”; tal mudança terá sido produto de taxas de crescimento diferenciais (em favor do Brasil), da democratização de ambos os países e da sua maior interdependência. A experiência mais recente, contudo, tem demonstrado que as políticas de integração não têm sido suficientes para internalizar e consolidar uma cultura de amizade.
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O lugar do Brasil na Política Externa da Argentina
O lugar do Brasil na Política Externa da Argentina
Este ensaio aborda a formação e consolidação do “estilo sério” no romance europeu do século XIX. Ao destacar a recorrência das cenas da vida cotidiana nas obras de Jane Austen, George Eliot, Balzac e Flaubert, entre outras, o autor examina os procedimentos narrativos identificados como “enchimentos”, que são aquelas passagens inconcludentes e digressivas, em registro analítico ou descritivo, entremeadas aos desdobramentos mais efetivos da trama. As razões mais fundas da generalização desse gosto literário entre escritores e leitores, o autor as aponta na história da moderna vida privada, ou seja, nos padrões de impessoalidade, precisão e regularidade da vida burguesa, cujas necessidades simbólicas se vêem então satisfeitas no desfrute da “narrativa séria”.
Padrões de competição eleitoral na disputa para a Câmara paulistana
Este artigo busca explorar os efeitos do sistema eleitoral na representação parlamentar. A partir dos resultados das eleições para a Câmara Municipal de São Paulo de 1992, 1996 e 2000, os autores examinam os padrões de competição eleitoral nos distritos administrativos da cidade. A questão de fundo desse exame consiste em verificar se é empiricamente sustentável a tese de que haveria uma distritalização informal do voto com base na suposição de que representantes controlam clientelisticamente determinados territórios a fim de garantir sua vaga no Legislativo.
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Padrões de competição eleitoral na disputa para a Câmara paulistana
Padrões de competição eleitoral na disputa para a Câmara paulistana
Profissão e Política no Ministério Público Paulista
O artigo aborda a trajetória de profissionalização dos procuradores de justiça do Ministério Público paulista durante o período de 1939 a 1999, focalizando nesse grupo o adensamento da fronteira entre política e profissão, a morfologia social, o ideário e a identidade profissional. Discutem-se em especial as mudanças no perfil e nas atribuições do Ministério Público consubstancidas na Constituição de 1988, que tiveram fortes repercussões na autonomia institucional do órgão e nos seus vínculos com a política. Argumenta-se que as diferentes percepções internas acerca dessas mudanças intensificaram os conflitos em torno dos limites entre a profissão e a política, provocando o rompimento dos laços de sociabilidade no interior da corporação.
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Profissão e Política no Ministério Público Paulista
Profissão e Política no Ministério Público Paulista
Crítica: Arquitetura Projeto de reforma de apartamento no Edifício Prudência (av. Higienópolis, projeto original de Rino Levi, 1944-48). São Paulo: escritório Andrade Morettin (Marcelo Morettin, Vinícius Andrade e José Alves), construção de Genivaldo José de Lima, 2001-02.
