O artigo apresenta um comentário crítico sobre O segundo sexo(1949), de Simone de Beauvoir, buscando inscrevê-lo no contexto histórico em que foi produzido e debatido. O principal foco de abordagem da obra é o esclarecimento das contradições suscitadas pelo conflito ali presente entre a visão naturalista acerca das mulheres, que mesmo refutada sempre retorna, e a perspectiva sociológico-cultural, muitas vezes postulada insuficientemente.
A Sociologia dos Anos 1950: Diálogos de Costa Pinto
Crítica: Livros “Ideais de modernidade e sociologia no Brasil: ensaios sobre Luiz de Aguiar Costa Pinto” – Marcos Chor Maio e Gláucia Villas Boas (orgs.). Porto Alegre: Ed. da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1999, 352 pp.
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A Sociologia dos Anos 1950: Diálogos de Costa Pinto
A Sociologia dos Anos 1950: Diálogos de Costa Pinto
Capítulos Obscuríssimos da Crítica de Mário e Oswald
O autor apresenta um comentário a dois artigos esquecidos de Oswald e Mário de Andrade, “José Wasth” e “Curemos Peri”, publicados respectivamente em 1916 e 1921, em jornais de São Paulo. O comentário pretende valorizar a força heurística do estilo literário deles, parafraseando suas formulações, expressões e recalques, para demonstrar o quanto muitas das questões do programa do Modernismo brasileiro, antes que este existisse, já ocupavam os Autores.
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Capítulos Obscuríssimos da Crítica de Mário e Oswald
Capítulos Obscuríssimos da Crítica de Mário e Oswald
Nesta entrevista, Rubens Ricupero, ex-ministro da Fazenda (governo Itamar Franco) e secretário-geral da Conferência das Nações Unidas sobre o Comércio e Desenvolvimento (Unctad), discorre sobre temas como a vulnerabilidade da atual regulação do capitalismo, o desequilíbrio das regras do comércio mundial e a inserção dos países em desenvolvimento na economia globalizada. Discute ainda os efeitos do prolongamento da política de âncora cambial sobrevalorizada no Plano Real e aponta alternativas para um desenvolvimento nacional politicamente sustentável.
O artigo apresenta um exame crítico de trabalhos recentes de filósofos brasileiros acerca da dialética marxista, discutindo o modo pelo qual eles buscam interpretar e legitimar o conceito de contradição real. Para tanto são retomados os postulados que balizam a questão, desde a argumentação aristotélica até Hegel, Engels e Marx.
A partir da obra africanista de Henrique Galvão, o autor examina a configuração da “constituição emocional” do poder colonial nos territórios africanos sob administração portuguesa durante a primeira parte do século XX. Tal exame se pauta pela revisão interpretativa das narrativas de Galvão sobre supostos casos de antropofagia havidos entre nativos africanos, levando em conta as análises realizadas por antropólogos em territórios contíguos àqueles.
O artigo examina as razões da permanência do melodrama como gênero hegemônico na esfera dos espetáculos desde o início do século XIX, com origem no teatro popular francês, até os dias de hoje, sobretudo no formato high-tech do cinema hollywoodiano e na mídia televisiva. Ao abordar a recente revisão crítica do estatuto do melodrama e sua repercussão na discussão sobre a mídia, o autor busca refletir sobre os sentidos da eficácia desse gênero no contexto contemporâneo da “sociedade do espetáculo”.
Política e Intimidade: A Reforma Agrária em "O Rei do Gado"
O Rei do Gado, novela exibida pela TV Globo em 1996-97, alcançou ampla repercussão com sua abordagem do problema agrário brasileiro. O artigo descreve o envolvimento de parlamentares, a cobertura jornalística nas editorias de política, economia e opinião e a percepção de telespectadores em seus contextos domésticos. Comparando a repercussão da novela nesses diversos âmbitos, a autora sugere a complexidade das apropriações possíveis de programas televisivos, chamando a atenção para disjunções entre a política institucional, a mídia e os telespectadores.
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Política e Intimidade: A Reforma Agrária em "O Rei do Gado"
Política e Intimidade: A Reforma Agrária em "O Rei do Gado"
Nesta entrevista ao sociólogo Sérgio Adorno, Luiz Eduardo Soares, ex-coordenador de Segurança, Justiça e Cidadania do Estado do Rio de Janeiro, fala sobre os avanços e percalços de sua recente gestão naquele órgão, sobretudo no tocante aos projetos inovadores levados a cabo e às tensas relações políticas mantidas com as cúpulas das Polícias Civil e Militar e o governador Anthony Garotinho. Discute ainda os dilemas da incorporação dos direitos humanos na agenda da segurança pública e opina sobre a atual política nacional de segurança do governo federal.
O segundo livro de Carlos Drummond de Andrade, Brejo das almas, de 1934, é geralmente apontado pela crítica como prolongamento da poética subjacente ao seu livro de estréia, Alguma poesia (1930). Neste artigo, porém, o autor procura demonstrar que aquela obra representa um momento distinto, marcado pelo conflito resultante da indecisão do poeta em face das exigências de alinhamento político-ideológico da intelectualidade nos anos 1930.