Talita Zaragoza (1985) vive e trabalha em Nova Iorque, EUA. É bacharel em Belas Artes e mestra em História da Arte pela Fundação Alvares Penteado (FAAP). Mudou-se em 2012 para Nova Iorque, onde foi aceita para estudar no International Center for Photography (ICP). Já participou de diversas exposições nos EUA e em São Paulo, das quais se destacam as realizadas na Foley Gallery, na Lazy Susan Gallery, na Interventions 3 (que teve curadoria de Isidro Blasco), no Museu de Arte Brasileira, no International Center for Photography, no Carmo Johnson Projects (com curadoria de Carolina Lauriano), entre outros. Já participou de algumas residências artísticas, como The Marble House, em Vermont (EUA) e Fish Factory, na Islândia. Sua inspiração imagética e seu processo artístico tem como pilar a natureza, com suas formas e suas linhas. A artista trabalha principalmente com os suportes do desenho, da pintura e da fotografia. Os trabalhos de pintura de Talita trazem em sua construção visual os relevos naturais em formas reimaginadas através das tintas, das linhas e das cores, diretamente estimuladas por impulsos visuais presentes nas paisagens naturais. Os mapas imaginários construídos pela artista movimentam as noções de micro e de macro a partir de imagens da natureza. Talita Zaragoza é representada pela galeria Gisela Projects.
Sobre o ensaio visual da artista na Novos Estudos 124: Fragments
“Este ensaio visual parte de uma longa série de pinturas intituladas Fragments, na qual algumas foram adaptadas para a revista Novos Estudos. É uma coleção de mapas e de paisagens de memória, onde exploro os diferentes pontos de vista sobre uma mesma composição, sejam elas aéreas ou de perspectiva perpendicular, uma vez que se está na paisagem. Uma linha que se transforma num rio ou em uma montanha, um arquipélago de ilhas, ou uma linha que sugere uma fronteira ou a delimitação de fazendas e barreiras. De modo geral, as imagens tratam da relação do homem com a natureza e sua tentativa de catalogar e organizar as memórias da paisagem.
Inicialmente realizada em cor, as pinturas foram adaptadas para preto e branco, explorando ainda mais o contraste das linhas e das formas geométricas versus orgânicas. São pinturas naturais e man-made. Entre uma pintura e outra, adicionei desenhos de outra série, também composta de mapas e que entram aqui como um respiro e uma meditação sobre a composição de linhas e de repetição.”