A Trilha de Morales: Novo Movimento Social Indígena na Bolívia
O artigo discute as condições socioeconômicas que possibilitaram a emergência de novos movimentos sociais na Bolívia, sob a liderança dos povos indígenas e plantadores de coca. Esses movimentos sociais apoiaram o presidente Evo Morales nas eleições de dezembro de 2005. Analisa também as dificuldades e contradições enfrentadas pelo novo governo.
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A Trilha de Morales: Novo Movimento Social Indígena na Bolívia
A Trilha de Morales: Novo Movimento Social Indígena na Bolívia
Para explicar como uma interpretação se torna hegemônica e como se reproduzem os fenômenos de crença coletiva, o artigo centra foco na recepção do Ensaio sobre o dom, de Marcel Mauss, e dos diários de Malinowski. A comparação entre os casos permite examinar os fundamentos do crédito que se atribui a certos intérpretes, bem como a dinâmica da estruturação e da difusão de uma doxa.
Este artigo sugere duas direções para o aprofundamento de um diálogo entre Deleuze e a antropologia. Na primeira parte, traça paralelos entre conceitos deleuzianos e temas analíticos influentes na antropologia de hoje; na segunda, examina uma incidência específica da antropologia social clássica – a teoria do parentesco – sobre a concepção deleuzo-guattariana da máquina territorial primitiva, ou semiótica pré-significante.
Na entrevista a seguir, o filósofo e jurista norte-americano Ronald Dworkin discorre sobre temas recorrentes em sua obra. Ele reafirma que a igualdade de riquezas em si não tem jamais valor intrínseco e esclarece a natureza e as implicações práticas do “seguro hipotético” – sua complexa construção teórica para a implementação do ideal da igualdade no campo econômico.
Investimento Público no Brasil: Propostas para Desatar o Nó
Um desafio imposto aos formuladores de políticas é a proposição de formas de investimento em infra-estrutura, pela ação do Estado, sem que os ganhos derivados da responsabilidade fiscal sejam postos em risco. Este artigo procura desenhar um novo formato de bloco de investimentos, caracterizado pela formação de uma empresa controlada pelo Estado, mas de gestão privada e financiada pelo mercado.
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Investimento Público no Brasil: Propostas para Desatar o Nó
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Jorge Luis Borges: História Social de um Escritor Nato
Este artigo examina condicionantes e práticas sociais que viabilizaram a trajetória literária de Jorge Luis Borges, autor que teria logrado apagar as marcas de sua vida pessoal. Por meio da análise dos textos de juventude, das relações familiares e do campo literário argentino no início do século XX, o artigo deslinda novas chaves para a compreensão da obra borgeana. * “Este artigo é versão do texto publicado na revista Actes de la recherche en sciences sociales, n. 168, junho de 2007.”
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Jorge Luis Borges: História Social de um Escritor Nato
Jorge Luis Borges: História Social de um Escritor Nato
Mecanismos sutis: Tecnologia e Crescimento Econômico
Discutem-se aqui os desafios impostos ao crescimento econômico de países emergentes. A passividade no aprendizado tecnológico, a existência de um elevado hiato de produtividade em relação às economias líderes, a dependência de vantagens competitivas espúrias e a reprodução do atraso tecnológico são apresentados como obstáculos a superar. Sustenta-se que a ruptura da estratégia passiva é a única forma de levar esses países a dialogar com seu futuro.
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Mecanismos sutis: Tecnologia e Crescimento Econômico
Mecanismos sutis: Tecnologia e Crescimento Econômico
Este texto discute o nacionalismo, tomando emprestadas algumas proposições de um filósofo declarada e radicalmente antinacionalista, Friedrich Nietzsche. Procura-se argumentar que, ressalvados os raros casos de integração regional profunda, o nacionalismo é, na prática, o único caminho para o desenvolvimento econômico e a melhoria das condições de vida das populações na periferia da economia internacional.
O artigo discute o estatuto legal dos procedimentos dos Estados Unidos quanto aos combatentes do Talibã mantidos no campo de prisioneiros da base naval de Guantánamo, em Cuba. Ao questionar as justificativas das autoridades norte-americanas para não conceder a esses detentos o status de “prisioneiros de guerra” nos termos das Convenções de Genebra, a autora postula uma revisão crítica desse protocolo internacional.
O progresso é um mito renovado por um aparato ideológico interessado em convencer que a história tem destino certo e glorioso. O artigo analisa a quem o progresso serve, quais são os riscos e custos de natureza social, ambiental e de sobrevivência da espécie e que catástrofes futuras ele pode gerar. Dessa forma, busca apontar elementos para desconstruir o discurso hegemônico sobre a globalização associada à idéia de progresso inexorável.
O romance histórico articula uma oposição entre um plano público ou histórico (definido seja pelos costumes, acontecimentos, crises ou líderes) e um plano existencial ou individual, denotado pela categoria narrativa que denominamos personagens. A arte do romance histórico consiste na habilidade com que essa interseção é configurada e exprimida, numa invenção singular que se produz de modo imprevisto em cada caso.
Em resposta ao argumento de Fredric Jameson, esta conferência sustenta que a peculiaridade do romance histórico foi evitar qualquer estratificação estável entre alto e baixo. Sua evolução mostra antes um continuum oscilante de registros, cuja extensão o põe à parte frente a outras formas narrativas. O texto investiga ainda as razões pelas quais o romance histórico atualmente se difundiu como nunca nos âmbitos superiores da ficção, mais mesmo que no auge de seu período clássico no início do século XIX.